terça-feira, 24 de abril de 2007

A eterna dúvida

Certa vez eu parei perto de um bar bem longe daqui,
Se não for engano meu,
Eu pedi uma pinga com mel de pequi.
Nem me lembro se fui só pra tomar aquilo,
Ou se estava mesmo disposto a curtir.

Olhei pra todos os cantos
E reparei num bêbado ali do meu lado.
Se não me engano ele estava em pé,
Ou será que estava sentado?
Só me lembro que ele recitava uma poesia,
Com charme de menino apaixonado.

Acho que pedi outra dose
Daquilo que estava tomando,
E o bêbado ali do meu lado
Continuava recitando.
Talvez eu não tivesse nada melhor pra fazer
Ou estivesse realmente gostando.

Acho que ele falava de amor,
Talvez de um amor que ali mesmo nasceu.
Ou então poderia ser
De um amor que ali se perdeu.
Mas se não for engano meu,
Talvez eu estava o tempo todo ali sozinho
E aquele bêbado era eu.

3 comentários:

Anônimo disse...

oO'
arrepiei-me

Anônimo disse...

tenho um amigo poeta, ou um poeta amigo?

Tiago disse...

Muito bom o blog, belos escritos, vou aparecer + por aqui. Quem deu a dica foi o Emílio Marques, meu primo que fez uma visita lá no Diários Dialéticos.

Abs.