domingo, 15 de abril de 2007

Pelas barbas de Netuno


Pelas barbas de Netuno,

Pelo Cigagarro que eu fumo,

Por todas as voltas do mundo,

E por todos os porquês

Que não ousei responder,

Direi que juro.

Pela mãe, pelo pai, pelo espiríto santo,

Por tudo que creio por enquanto

E por todas as dúvidas

A que não dei ouvido,

Direi que duvido.

Pela uz, mesmo cara, que brilha

Pela estrela que cintila,
Pela terra em que se pisa,

E por todas as águas

Em que por nado me afoguei,

Direi que mudei.

Pelos meus cabelos brancos,

Por ter tomado meus trancos.

Por este sentimento manco,

E pelas tantas coisas

Que não cheguei a aprender,

Hoje digo que não sei.

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